Botulismo

Publicado: junho 25, 2011 em Uncategorized

E aí pessoal, vocês vêm acompanhando nosso blog. Ele está seguindo uma linha de estudo né, mas hoje retornaremos rapidamente a um outro assunto que pertence ao Reino Monera.. O Botulismo. A seguir, o banner sobre botulismo, apresentado no IFES por um grupo composto por mim, Hedran Boone.

Botânica

Publicado: junho 25, 2011 em Uncategorized

1. Introdução

 

Botânica é o ramo da biologia que estuda as plantas.

Acredita-se que as plantas tenham surgido a partir de um grupo ancestral de algas verdes, pois existem várias características que as aproximam, como:

1. Presença de parede celular composta principalmente de celulose

2. Existência de clorofilas a e b nos cloroplastos.

Na passagem evolutiva das algas verdes para as plantas surgiram algumas características que se mantiveram por seleção natural, pois se revelaram muito adaptativas à vida no ambiente terrestre, possibilitando a expansão das plantas nesse ambiente. Duas dessas características são:

1. Camada de células estéreis envolvendo e protegendo os gametângios (estruturas formadoras de gametas); o gametângio masculino chama-se anterídio e o feminino, arquegônio; esta camada não existe nos gametângios das algas.

2. Retenção do zigoto e dos estágios iniciais de desenvolvimento embrionário dentro do arquegônio, conferindo grande proteção ao embrião.

O cladograma a seguir esquematiza resumidamente alguns passos da evolução das plantas:

Cladograma

Tradicionalmente, as plantas tem sido divididas em dois grandes grupos:

1. Criptógramas – Plantas que têm estruturas reprodutoras pouco evidentes, como os musgos e samambaias.

2. Fanerógamas – Plantas que possuem estruturas reprodutoras bem visíveis. Todas desenvolvem sementes e por isso também são chamadas de espermatófitas. São exemplos de fanerógamas os pinheiros, as mangueiras, as roseiras e os coqueiros.

As Criptógramas são divididas em dois grupos:

_Briófitas – Criptógramas que não apresentam xilema e floema, tecidos verdadeiros e especializados, respectivamente, para o transporte de seiva bruta (água e sais minerais) e elaborada (água e substâncias orgânicas derivadas da fotossíntese); são plantas de pequeno porte, como os musgos e hepáticas.

_Pteridófitas – Criptógramas que tem xilema e floema, como as samambaias e avencas.

As fanerógamas são divididas em dois grupos:

_Gimnospermas: têm sementes, mas não formam frutos.

_Angiospermas: Têm sementes, e formam frutos.

2.Briófitas

 

As briófitas são plantas primitivas que não produzem flores, frutos e sementes e também não produzem tecidos vasculares. Por esse motivo são chamadas plantas avasculares ou não-traqueófitas. A ausência do tecido condutor é a grande responsável pelo porte pequeno desses vegetais.

As briófitas são terrestres de ambientes úmidos, sombreados e quentes; algumas espécies vivem em água doce e não ocorrem no mar. No Brasil, um dos ambientes mais favoráveis para o crescimento dessa vegetação é a Mata Atlântica.

Nesses vegetais encontra-se uma nítida alternância de gerações em que o gametófito representa o vegetal verde, complexo e duradouro, enquanto o esporófito é um vegetal simples, transitório e dependente do garnetófito feminino.

Os gametófitos produzem os órgãos reprodutores (gametângios) representados pelos arquegônios e anterídios. Esses gametângios diferem daqueles produzidos pelas algas porque apresentam uma epiderme estéril de revestimento e proteção dos gametas.

Os gametângios femininos são denominados arque- gênios. São estruturas muito pequenas, têm a forma de uma garrafinha, sendo a região do gargalo chamada colo e a região do bojo, ventre.

O colo é preenchido por uma fileira de células colares e o ventre possui duas células: ventral e oosfera. Durante o amadurecimento do arquegônio, as células colares e ventral transformam-se em substâncias mucilaginosas, restando, no interior do ventre, a oosfera (gameta feminino).

Os gametângios masculinos são denominados anterídios. São órgãos claviformes ou esféricos. Externamente, observa-se a epiderme, que envolve e protege um tecido formado por células diminutas, os andrócitos. Cada andrócito sofre uma metamorfose, originando uma célula espiralada e biflagelada denominada anterozóide (gameta masculino).

Para a fecundação, é indispensável a presença de água da chuva. Os anterídios liquefazem a sua epiderme, pondo em liberdade os anterozóides, que nadam, na água, com auxílio dos flagelos. Os anterozóides são atraídos para o arquegônio graças às substâncias químicas produzidas pelo órgão reprodutor feminino, sendo o fenômeno conhecido  por quimiotactismo. Um anterozóide une-se, no ventre do arquegônio, com a oosfera, originando a célulaovo ou zigoto. Ocorrida a fecundação, o zigoto desenvolve- se sobre o gametófito feminino, formando o esporófito. Este geralmente possui uma haste (seta), que suporta no ápice uma região dilatada conhecida por cápsula (esporângio). No interior da cápsula ocorre meiose para a formação dos esporos. Os esporos são todos iguais, motivo pelo qual essas plantas são isosporadas.

Nos musgos, a germinação dos esporos leva à formação de filamentos verdes, ramificados, com septos inclinados, denominados protonemas. Os protonemas formam espécies de “gemas”, que crescem para a formação de gametófitos. Cada protonema é capaz de produzir muitos gametófitos.

Nas hepáticas, o gametófito pode reproduzir-se assexuadamente, formando propágulos. Estes representam espécies de brotos, formados no interior de umas chamadas conceptáculos. Cada propágulo é capaz de dar origem a um novo gametófito.

Quanto à classificação, as briófitas podem ser subdivididas em três grupos: Musci, Hepaticae e Anthocerotae.

Musci (musgos)

Os representantes desse grupo são os musgos, os vegetais mais conhecidos entre todas as briófitas. A planta conhecida por musgo é o gametófito organizado em rizóides, caule e folhas. Os maiores musgos chegam a atingir 20cm de comprimento, como ocorre com os musgos do gênero Polytrichum. Os musgos sempre ocorrem em grupos, que cobrem o solo, rochas, muros etc. Muitas espécies resistem ao dessecamento temporário e outras ainda suportam longos períodos de seca.

Aspecto do gametófito e do esporófito de um musgo

O ciclo de vida de um musgo, obedece o seguinte esquema:

Hepaticae (hepáticas)

As hepáticas são vegetais que vivem em ambientes de muita umidade ou em água doce. O gametófito é taloso, prostrado e provido de rizóides na face interior. Um dos gêneros mais conhecidos é o Marchantia.

As plantas do gênero Marchantia vivem em solo ou rochas úmidas. O talo é lobado e ramificado dicotomicamente, apresentando estômatos primitivos na superfície superior. Os talos formam conceptáculos onde se desenvolvem os propágulos encarregados da reprodução assexuada do gametófito. Os arquegônios e anterídios formam-se em ramos especiais chamados, respectivamente, de arquegonióforos e anteridióforos.

Os arquegonióforos são facilmente reconhecidos porque produzem um chapéu provido de expansões que lembram dedos da mão. Os anteridióforos formam chapéus pouco recortados. Os esporófitos aparecem pendurados no chapéu feminino e podem ser divididos em pé, seta ou haste e cápsula. A cápsula produz, por meiose, esporos iguais.

Anthocerotae (antóceros)

São plantas do gênero Anthoceros. O gametófito é taloso prostrado contra o solo úmido, onde se fixa através de rizóides.

3. Pteridófitas

 

Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum.

Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum.

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa ‘feto’; mais phyton, ‘planta’. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a “cavalinha”, cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.

Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.

Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.

Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.

O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.

A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

Reprodução nas Pteridófitas

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.

Soros nas folhas de samabaia

Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).

A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito

Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução – em cada soro são produzidos inúmeros esporos.

Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.

O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.

Ciclo reprodutivo das samambaias

O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e “nade” em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.

O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.

Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro – morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação – e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.

4.Gimnospermas

 

Araucárias, tipo de conífera

As gimnospermas (do grego Gymnos: ‘nu’; esperma: ‘semente’) são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos comocones – o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são “nuas”, ou seja, não ficam encerradas em frutos.

Reprodução nas Gimnospermas

Usando o pinheiro-do-paraná como exemplo, os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.

Cones ou estróbilos

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.

Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.

No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.

Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião.

Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.

A semente pode ser entendida como uma espécie de “fortaleza biológica”, que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.

5. Angiospermas

Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas – desse total, mais de 250 mil são angiospermas.

As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas “novidades”: as flores e os frutos.

Flor do maracujá

As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado – o néctar – que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.

Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza.

Fruto do Maracujá

Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.

Os dois grandes grupos de angiospermas

As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.

São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.

São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.

Essas duas classes possuem várias diferenças morfológicas, as quais, as principais, podem ser observadas no quadro abaixo:

Reprodução nas Angiospermas

 

Doença de Chagas

Publicado: junho 11, 2011 em Uncategorized

Nesse post, estaremos postando sobre a doença de Chagas. A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi, e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros (Que é um persevejo, não pode-se confundir com mosquito).

Em forma de quadrinhos, estará representado nesse post, de maneira meio utópica, como é transmitida a Doença de Chagas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A maioria dos procariontes é unicelular, com células medindo entre 0,5 e 5 μm, muito menores que as células eucarióticas.

As formas mais comuns de células bacterianas são:

1. Cocos

2. Bacilo

 

Bacilo Gram-negativo

Bacilo gram-positivo(Lactobacillus)

 

 

3. Vibrião


 

4. Espirilo

Os cocos e, mais raramente, os bacilos podem formar colônias, o que não acontece com os espirilos e os vibriões.

As colônias de cocos formam arranjos típicos para espécies particulares de bactérias. Esses arranjos podem ser:

1. Diplococos


2. Estreptococos


3. Estafilococos


Os bacilos podem se organizar em colônias também, assim como os cocos, sendo organizados em:

1. Diplobacilos


2. Estreptobacilos


Método de Gram

Publicado: abril 6, 2011 em Uncategorized

1.Introdução

O método de Gram é uma técnica de coloração, utilizar para corar diferencialmente microorganismos com base na composição química e integridade da sua parede Celular. Esse método foi desenvolvido pelo bacteriologista dinarmaquês Hans Christian Gram.

 

2. Hans Christian Gram

Hans Christian Gram

Hans Christian Joachim Gram (13 de setembro de 1853 – 14 de novembro de 1938) foi um bacteriologista da Dinamarca. Era filho de Frederik Terkel Julius Gram, um professor de jurisprudência, e Louise Christiane Roulund. Gram estudou botânica na Universidade de Copenhagen e foi assistente em botânica do zoólogo Japetus Steenstrup. Seu interesse por plantas o introduziu às bases da farmacologia e o uso do microscópio.

Entrou na Escola de Medicina em 1878, graduando-se em 1883. Em Berlin (1884) desenvolveu um método para colorir e distinguir entre duas classes de bactérias, a Técnica de Gram, que ainda hoje é um procedimento padrão na microbiologia.

 

3. Parede Celular

A parede celular é uma extrutura extracelular que envolve células, sendo composta por diferentes substâncias dependendo do organismo. É uma estrutura que confere proteção à célula pela sua rigidez.

Quase todos os procariontes apresentam parede celular.  No Reino Bactéria, a parede celular é sempre de peptideoglicano (polímero de aminoácidos e dissacarídeos). Nas Arqueas, por outro lado a composição da parede celular varia nas diferentes espécies, podendo ser, por exemplo, de polissacarídeos complexos associados a proteínas, mas não há peptideoglicano.

Algumas poucas espécies de arqueas e de bactérias não têm parede celular. Dentre as bactérias há os micoplasmas, parasitas que podem viver dentro das células ou fora delas. A espécie Mycoplasma pneumoniae, por exemplo, causa uma forma branda de pneumonia, e espécies do gênero Spiroplasma provocam doenças em plantas.

Parede celular

 

4. Coloração de Gram

A coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram e permite a classificação dos procariontes em dois grandes grupos: gram-positivos e gram-negativos.

Por essa técnica, um esfregaço de células procarióticas fixadas pelo calor recebe o corante cristal violeta e, depois, o lugol (à base de iodo). Essas duas substâncias se combinam no citoplasma da célula procariótica, que passa a ter coloração violeta-escura ou púrpura. A seguir, adiciona-se álcool, que tem a capacidade de descolorir as células que foram coradas. No entanto, nem todas as células ficam coradas. As que perdem a cor são chamadas de gram-negativas e as que não perdem cor são chamadas gram-positivas. Para vizualizar as gram-negativas, adiciona-se à preparação um corante que cora de rosa ou lilás as células dessas bactérias.

Técnica de Gram

Diferenças estruturais na parede celular dos procariontes afetam a retenção ou o escape da combinação entre o corante violeta e o iodo, quando se adiciona o álcool. Nas bactérias gram-positivas, essa retenção se deve à presença de parede celular formada por uma camada espessa de peptideoglicano. Nas bactérias gram-negativas, a parede celular apresenta camada delgada de peptideoglicano, associada a uma camada mais externa de composição lipoprotéica.

Estrutura da Parede Celular de Bactérias

5. Importância do Método de Gram

A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizado em laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passe para a caracterização de amostras de bactérias.

A coloração de Gram é um método rápido para se identificar o tipo de bactéria que está causando uma certa infecção. Exemplo: Se a bactéria for gram-positiva, o médico opta por uma linha de antibióticos. Se for gram-negativo, escolhe outra linha.

 

6. Vídeos

7.Referências

LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia: volume 3 – 2ª ed. – São Paulo:  Saraiva, 2010

http://pathmicro.med.sc.edu/portuguese/bact-mem-port.jpg

http://www.iqb.es/historiamedicina/personas/bpics/gram.jpg

http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2008/09/bacterias.jpg

Peste Bubônica

Publicado: março 23, 2011 em Uncategorized

1.Introdução

A peste bubônica é uma doença grave, capaz de desencadear epidemias, responsável por grande números de mortes em diferentes tempos.

Essa doença, que pode ser leve ou muito grave e letal, é causada pela bactéria Yersinia Pestis, encontrada em vários animais, como hamsters, ratos, cães, gatos, coelhos e pulgas.


2. Histórico

A peste bubônica geralmente é considerada a causadora de três grandes pandemias, ou epidemias bastante disseminadas:

_A Peste de Justiniano durou de 542 a 546 d.C. Ela fez cerca de 10 milhões de vítimas na Europa, Ásia e África.

_A Peste Negra se espalhou pela Europa em 1300. Cerca de um terço da população européia morreu. Houve um total de 50 milhões de mortes na Europa, na Ásia e na África;

_A Terceira Pandemia começou em Cantão e em Hong Kong durante o fim do século XIX. Os navios transportaram a doença para cinco continentes. Treze milhões de pessoas morreram somente na Índia.

2.1. Peste de Jutiniano

A praga de Justiniano ocorreu no Império Romano do Oriente, mais conhecido como Império Bizantino, em 541 e 542. Esta pandemia provavelmente originou-se na Etiópia a partir do reservatório dos Grandes Lagos, ou pelos navios romanos que faziam comércio com a Índia, e entrou no território de Bizâncio no Egito. A peste matou no seu pico cerca de 10 000 pessoas por dia.

2.2.Peste Negra

Padre abençoando monges desfigurados pela peste

Nos porões dos navios de comércio, que vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, chegavam milhares de ratos. Estes roedores encontraram nas cidades européias um ambiente favorável, pois estas possuíam condições precárias de higiene. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a população de ratos aumentou significativamente.

Estes ratos estavam contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis. E as pulgas destes roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Os ratos também morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem seu alimento, o sangue.

Após adquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiro apareciam nas axilas, virilhas e pescoço vários bubos (bolhas) de pus e sangue. Em seguida, vinham os vômitos e febre alta. Era questão de dias para os doentes morrerem, pois não havia cura para a doença e a medicina era pouco desenvolvida. Vale lembrar que, para piorar a situação, a Igreja Católica opunha-se ao desenvolvimento científico e farmacológico. Os poucos que tentavam desenvolver remédios eram perseguidos e condenados à morte, acusados de bruxaria. A doença foi identificada e estudada séculos depois desta epidemia.

Médico da Idade média com "protetor" anti-peste

Relatos da época mostram que a doença foi tão grave e fez tantas vítimas que faltavam caixões e espaços nos cemitérios para enterrar os mortos. Os mais pobres eram enterrados em valas comuns, apenas enrolados em panos.

O preconceito com a doença era tão grande que os doentes eram, muitas vezes, abandonados, pela própria família, nas florestas ou em locais afastados. A doença foi sendo controlada no final do século XIV, com a adoção de medidas higiênicas nas cidades medievais.

 


2.3. Terceira Pandemia

A Terceira Pandemia ocorreu no século XIX, mas a sua disseminação foi efetivamente travada pelos esforços das equipes sanitárias.

Iniciou-se provavelmente na estepe da Manchúria, onde as marmotas infectadas foram caçadas em grandes números pelos imigrantes chineses que as vendiam aos ocidentais para produzir casacos. A partir de 1855 espalhou-se por toda a China, ameaçando os europeus de Hong Kong em 1894, o que levou ao envio de equipas de médicos e bacteriologistas para a região. No entanto foi impossível evitar a sua disseminação por navios para portos em todo o mundo, incluindo na Europa e Califórnia. Terá sido nesta altura que os roedores selvagens das pradarias americanas e do Brasil foram infectados.


3. Peste Bubônica

3.1. Agente Etiológico

A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis. A Yersinia pestis é uma bactéria Gram-negativo, encapsulado e imóvel, aeróbio e anaeróbio facultativo. Esta bactéria é altamente patogênica.

Yersinia Pestis

3.2. Transmissão

Via de transmissão:

* Contato indireto (participação de vetor): picada de pulga do rato (Xenopsylla cheopis)

* Contato direto: contato direto com tecidos / fluidos infectados ou com gotículas respiratórias contaminadas.

Dependendo das circunstâncias, estas 3 formas da doença podem ocorrer separadamente ou simultaneamente:

Ocorre quando um vetor infectado, como um rato ou uma pulga infectada pica uma pessoa ou quando material contaminado com Yersinia pestis entra em contato com a pele lesada. Ocorre o aumento do linfonodo regional, que fica sensível e quente ao toque, sendo chamado de BUBO. O período de incubação varia de 2 a 6 dias.

3.3. Sintomas

Após no máximo sete dias, em 90% dos casos surge febre alta, mal estar e os bubos, que são protuberâncias(manchas) azuladas na pele. São na verdade apenas gânglios linfáticos hemorrágicos e inchados devido à infecção. A cor azul-esverdeada advém da degeneração da hemoglobina. O surgimento dos bubos corresponde a uma taxa média de sobrevivência que pode ser tão baixa como 25% se não for tratada. As bactérias invadem então a corrente sanguínea, onde se multiplicam causando peste septicémica. A peste septicémica caracteriza-se pelas hemorragias em vários orgãos. As hemorragias para a pele formam manchas escuras, de onde vem o nome de peste negra. Do sangue podem invadir qualquer orgão, sendo comum a infecção do pulmão. A peste bubônica não é transmitida de pessoa a pessoa. Porém, o seu vírus infectante pode ser passado de um ser humano a outro causando outros tipos de peste, como a pneumônica.

3.4. Tratamento

A peste bubônica tem uma série de sintomas característicos, mas às vezes pode ser difícil diagnosticá-la. Pois Também existem outras doenças que podem deixar os nódulos linfáticos inchados e doloridos característicos da peste, como a mononucleose.

A peste bubônica é uma doença perigosa se não for tratada. Sem cuidados médicos, a peste bubônica é quase sempre fatal. Elas não costumam formar os bubões, que fazem que a peste seja percebida com mais facilidade. Portanto, os médicos fazem mais do que apenas procurar por bubões quando estão examinando e fazendo o diagnóstico.

Eles também perguntam sobre exposição a ratos e outros roedores, principalmente em áreas que tendem a apresentar peste. O diagnóstico final muitas vezes é encontrado depois de examinar amostras de fluidos corporais através de um microscópio. Nos casos de suspeita de peste bubônica, o fluido retirado de um bubão geralmente é a melhor opção, já que ele costuma conter muitas bactérias. Os médicos também podem examinar o sangue, a saliva e o líquido cefalorraquidiano. O tratamento eficaz contra a peste exige antibióticos. A estreptomicina é usada mais freqüentemente, mas a tetraciclina e a gentamicina também podem funcionar. Algumas vezes, os médicos receitam antibióticos para membros de uma família ou para pessoas que foram picadas por pulgas em áreas do mundo que tendem a apresentar peste. Os médicos também podem isolar a pessoa infectada, principalmente se ela tiver contraído a peste pneumônica.

3.5.Profilaxia

A pessoas que viajam para lugares endêmicos com risco de exposição à bactéria podem tomar doses preventivas de tetraciclina.

O tratamento iniciado brevemente reduz a chance de morte para menos de 5%.

A prevenção é baseada no controle dos roedores e no uso de repelentes para evitar picadas de pulgas, pois as bactérias causadoras da peste infectam principalmente os ratos, camundongos e esquilos e a marmota da pradaria, e geralmente, a peste é transmitida ao ser humano por pulgas de animais infectados. A transmissão por animais de estimação (especialmente os gatos) também pode ocorrer através de picadas de pulga ou da inalação das gotículas infectadas.

A tosse ou o espirro dispersam as bactérias em gotículas, e pode disseminar a infecção de uma pessoa a outra. Por isso deve-se avisar as autoridades quando houver pessoas infectadas para que estas sejam colocadas em quarentena para evitar o contágio via respiratório.

4.Referências

4.1. Livro Base

LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia: volume 3 – 2ª ed. – São Paulo:  Saraiva, 2010

4.2. Sites

http://analgesi.co.cc/html/t26167.html

http://no.comunidades.net/sites/pro/proflilianem3/imagens/peste.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra

http://saude.hsw.uol.com.br/peste.htm

http://www.suapesquisa.com/idademedia/peste_negra.htm

Catapora – Indicação

Publicado: março 1, 2011 em Uncategorized

Quem nunca pegou catapora quando pequeno? Doença que é mais comum na infância, que é caracterizada por inúmeras feridas na pele. A maioria das pessoas acreditam que, após contrair a doença, as preocupações se acabam. Mas poucas pessoas sabem que o vírus continua latente no corpo, podendo trazer complicações mais tarde.

No blog Júlia e Sara – Bio IFES você encontra todas essas informações, num post completo sobre a catapora, comentando sobre a doença como formas de transmissão, sintomas da catapora, complicações e tratamento da doença, tendo depois um enquete sobre a virose, que você não pode deixar de participar.

Então, se você quer saber de TUDO sobre a catapora, é só acessar: http://juliasarabioifes.wordpress.com/

Varíola

Publicado: fevereiro 21, 2011 em Uncategorized

1. Introdução

A varíola é uma doença causada por um vírus, e caracterizada por feridas grandes e numerosas na pele, que deixam cicatrizes. Hoje é considerada erradicada, mas causou numerosas mortes e deixou seqüelas em muitas pessoas em todo o mundo na década de 1950. Representa um exemplo de vitória da medicina sobre a doença, alcançada pela vacinação, uma importante medida profilática para muitas doenças causadas por vírus e bactérias.

2. História da Doença

2.1. Registros mais antigos

Acredita-se que a varíola tenha surgido há mais de três mil anos atrás, provavelmente na Índia ou no Egito. A partir de então, ela se espalhou pelo mundo, causou inúmeras epidemias, aniquilou populações inteiras (como diversas tribos de índios brasileiros) e mudou o curso da história. Marcas causadas pela doença foram encontradas na face da múmia do faraó Ramsés 2º. A doença atingiu também personagens importantes da história ocidental, como a rainha Maria 2ª da Inglaterra, o rei Luis 1º da Espanha, o imperador José 1º da Áustria e o rei Luis 15 da França.

Em algumas culturas antigas, a letalidade da varíola era tamanha entre as crianças que estas só recebiam nomes se sobrevivessem a ela. No decorrer do século 18, a doença matava um recém-nascido em cada dez na Suécia e na França, e um em cada sete na Rússia. Não bastasse o medo da morte, os enfermos ainda tinham que enfrentar a possibilidade de carregar cicatrizes profundas, principalmente no rosto, ou mesmo de perder a visão – no Vietnã de 1898, 95% dos adolescentes carregavam marcas da doença, e nove em cada dez casos de cegueira eram atribuídos às complicações decorrentes da moléstia.

2.2. Vacina

Edward JennerEdward Jenner (1749-1823), médico e naturalista inglês ficou imortalizado pela descoberta da vacinação contra a varíola.

Jenner desenvolveu a sua prática médica no interior da Inglaterra onde teve a oportunidade de lidar com pessoas afetadas por uma doença benigna, transmitida pelas vacas mas que apresentava algumas semelhanças com a varíola, a pústula do vaqueiro.

Acreditava-se naquela região, que quem tivesse contraído a tal doença das vacas passava a ficar imune à varíola.

Jenner começou a investigar sistematicamente a doença pústula do vaqueiro e veio a perceber que diferentes sintomas apareciam em diferentes vítimas da varíola das vacas, ou seja, que esta não admitia apenas uma única manifestação fixa.

Jenner concluiu que o que havia, desde sempre, sido identificado como uma única doença eram, de fato, mais de uma, sendo que apenas uma delas conferia imunidade à varíola.

Surgiu, então, uma situação que parecia vir contrariar, por completo, todas as suas conclusões.

Numa das vacarias da região apareceu um surto da doença que Jenner havia identificado como conferindo imunidade à varíola, tendo alguns dos trabalhadores apanhado essa doença, mesmo após terem sido infectados com a tal versão benigna.

Jenner levantou uma nova hipótese dinâmica, quer dizer, entra em jogo o fator tempo: essa matéria só conferia imunidade contra a varíola quando a sua virulência estivesse próxima do seu máximo.

Jenner deu, então, início a testes que pudessem verificar as suas novas ideias dinâmicas. Em 1796, ele extraiu material de uma pústula de uma das mãos de uma trabalhadora de uma vacaria (que havia contraído a doença na sua pior fase) e infectou um rapaz de nome James Phipps. Após a doença ter seguido o seu curso, Jenner inoculou-o com matéria infecciosa de varíola e esperou pelo desenrolar dos acontecimentos. James Phipps não desenvolveu quaisquer sintomas de varíola. A experiência fora bem sucedida.

Jenner conseguiu demonstrar que a sua vacina, além de eficaz, era segura, chegando ainda, em vida, a receber inúmeros prémios e distinções.

A vacinação utilizando fluído das pústulas da “varíola bovina” espalhou-se rapidamente. Chegou à maioria dos países europeus por volta do ano 1800 e cerca de 100 000 pessoas tinham sido vacinadas na Grã-Bretanha.

2.3. Revolta da Vacina

Em 1804, a vacina contra a varíola chegou ao Brasil por iniciativa do Barão de Barbacena, que enviou escravos a Lisboa para serem imunizados à maneira jenneriana – os escravos retornaram e a vacinação continuou de braço em braço. Somente em 1887, e graças a Pedro Afonso Franco, na época diretor da Santa Casa de Misericórdia, é que o Brasil começou a produzir definitivamente a vacina em vitelos dentro de laboratórios próprios. Em 1922, o Instituto Vacinológico fundado pelo próprio Barão Pedro Afonso foi transferido para o Instituto Oswaldo Cruz. Porém, o episódio histórico mais marcante ocorrido no Brasil envolvendo varíola, se deu no ano de 1904, a Revolta da vacina. Indignada com a lei proposta por Oswaldo Cruz que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola e estimulada pela imprensa, a população promoveu cenas de vandalismo pela cidade que provocaram estado de sítio e uma insurreição militar que quase derrubou o então presidente Rodrigues Alves.

Cientistas da Fiocruz em laboratório produtor da vacina antivariólica (7 de agosto de 1954)

3. Varíola

3.1. Agente Etiológico

A doença é causada pelo vírus chamado de Poxvírus variolae; altamente contagioso, persistindo a sua infectividade até um ano,  no meio ambiente. O vírus da varíola é um dos vírus mais resistentes em particular aos agentes físicos. O vírus é relativamente estável e a quantidade necessária para a infecção é pequena. As partículas de Poxvírus variolae conhecidas como corpúsculos elementares ou corpúsculos de Paschen são paralelepípedos retangulares de cantos arredondados.

Vírus da família Poxviridae: vírus envelopado de DNA (200-350 nm de comprimento)

3.2. Transmissão

A doença transmite-se de pessoa para pessoa principalmente através de transmissão aérea de pequenas gotas ou aerossóis expelidos da orofaringe dos indivíduos infectados, mas também através do contato direto com as lesões ou com objetos contaminados. Não existem reservatórios ou vetores animais conhecidos.

Historicamente, a rapidez de transmissão da doença na população é geralmente mais lenta do que outras doenças, tais como o sarampo, a varicela ou a gripe.

3.3. Sintomas

Há dois tipos de varíola, a varíola maior (ou apenas varíola) e a varíola menor ou alastrim, com os mesmos sintomas mas muito mais moderados.

O período de incubação é de cerca de 12 dias. Os sintomas iniciais são semelhantes aos da gripe, com febre, mal-estar, mas depois surgem dores musculares e gástricas e vômitos violentos. Após infecção do tracto respiratório, o vírus multiplica-se nas células e espalha-se primeiro para os orgãos linfáticos e depois via sanguínea para a pele, onde surgem as pústulas típicas, primeiro na boca, depois nos membros e de seguida generalizadas.

 

3.4. Tratamento

Não existe tratamento específico. Têm sido feitas numerosas tentativas de aumentar passivamente a imunidade pela administração de soro de convalescente de varíola ou de indivíduo vacinado recentemente, mas nem o número de pacientes tratados nem os controles foram satisfatórios. Isto se aplica também ao emprego recente da terapêutica de gamaglobulina.
•    Quando o diagnóstico for feito no estágio inicial  (pródromos) da doença, o tratamento é simplesmente sintomático. A quimioterapia é desaconselhável nessa fase da doença.
•    Quando o paciente nessa fase se apresenta irrequieto, com cefaléia intensa e dor nas costas, deve-se usar analgésicos, preferivelmente morfina e seus derivados, sob prescrição médica e em ambiente hospitalar.
•    Nos casos benignos os pacientes são encorajados a ingerir  toda classe de alimentos. Pode tomar sorvetes, particularmente úteis quando a boca está lesada. Chupar gelo também beneficia estes pacientes.
•    Nos casos graves (tipos malignos),  a deglutição  pode ser dolorosa e muito difícil, mas deve-se tentar alimentá-lo pela via oral, pois com o mau estado da pele não é fácil a administração parenteral de líquidos.
•    Depois de alguns dias,  o paciente  passa a viver a  partir das reservas dos tecidos, pois ele não consegue mais ingerir alimentos, a partir dessa fase ele entra num processo grave de desnutrição. A astenia é intensa.
•    A quimioterapia parece exercer efeito preventivo da infecção secundária da pele, e acelera a dessecação das lesões se instituída  a quimioterapia durante a erupção, quando as lesões são ainda vesiculares.
•    A quimioterapia deve ser iniciada no sexto ou sétimo dia de doença e continuada até o 13°  ou 14° dia; com este tratamento, de valor indubitável nos tipos 4 (confluente benigno, 5 (semi-confluente benigno) e 6 (discreto) deverá ser administrada a dose máxima.
•    Nos casos do tipo 7 (leve) e 8 (abortivo) não parece ser necessário o emprego de antibióticos. Os casos  malignos não são influenciados de forma alguma pelos antibióticos, que podem ser prejudiciais pelo seu efeito tóxico sobre a medula óssea.
•    Quando há irritação da pele deve-se usar o talco, loções e banhos freqüentes. As lesões situadas embaixo das unhas podem ser dolorosas e requerer o corte da unha em cima da lesão.
•    Deve-se tirar as alianças e anéis, pelo perigo de gangrena.
•    O  paciente deve abandonar o o leito tão cedo quanto o possível, porque quanto mais o paciente fica no leito por longo tempo são mais suscetíveis de ocorrer complicações, perder o tono muscular e ficar acamado por mais tempo.
•    Quando as condições do paciente permitirem, recomenda-se o banho, de preferência de chuveiro e em temperatura ambiente.
•    Quando se formarem grandes crostas no nariz ou em áreas de confluência de lesões, pode ser aconselhável facilitar sua queda aplicando compressas mornas ou óleo de oliva; NÃO deve-se remover as crostas manualmente.
•    O pessoal de enfermagem deve retirar do quarto ou das enfermarias, onde se encontram doentes com varíola, o  espelho, pois não parece ser um acessório adequado  para pacientes que têm lesões cutâneas graves e cicatrizantes e deformantes como as da Varíola.

 

3.5.Profilaxia

•    Notificação Obrigatória e Imediata às Autoridade de Vigilância Sanitária.
•    Identificação dos doentes.
•    Isolamento dos doentes.
•    Tratamento imediato em Unidades hospitalares especiais para doentes de varíola.
•    Quarentena e Vigilância dos contatantes.
•    Vacinação imediata em massa da população das áreas endêmicas.
•    Eliminação dos focos.
Nos países  desenvolvidos, a defesa contra a varíola fundamenta-se em quatro medidas:
•    Vacinação  rotineira  da população (principalmente na infância).
•    Vacinação dos viajantes.
•    Inspeção dos certificados de vacinação dos viajantes que entram no país.
•    Investigação e controle das importações de varíola.
Obs:  A erradicação da varíola foi devido aos planos de evacuação e revacinação obrigatória  a nível internacional  supervisionados pela OMS. Uma vez erradicada a doença, a vacina deixou de ser obrigatória. Vários laboratórios de diferentes partes do mundo, supervisionados pela OMS, conservam  o vírus da varíola necessário para a fabricação de novas vacinas e, ao mesmo tempo, mantém-se um elevado estoque das vacinas para fazer frente a qualquer emergência.


3.6.Vacinação

Aplicação da Vacina antivariólica por Edward Jenner

A vacina antivariólica é preparada a partir de vírus vivo em suspensão, obtido por vacinação de carneiros e bovinos.

A aplicação é realizada pela técnica da multipuntura com agulha bifurcada, ou pelo uso de pistolas injetoras. A dose é única e a aplicação deve ser feita na região deltoideana inferior do braço esquerdo. A idade ideal para vacinação é entre um e dois anos, porém em situações especiais pode ser realizada durante o primeiro ano de vida.

As contra-indicações da vacina são principalmente para os indivíduos portadores de eczema, dermatites de qualquer etiologia e gestação. Entre as complicações, temos a encefalite pós-vacinal, eczema vaccinatum, febre, mal-estar geral, infecção secundária, púrpuras, miocardites, polirradiculoneurites e síndrome de Stevens-Johnson.


4. Erradicação da varíola

A varíola foi totalmente erradicada pela vacinação. O último caso não laboratorial de varíola foi na Somália em 1977. Em 1980 a OMS declarou a varíola oficialmente erradicada, como resultado de um programa de vacinação e erradicação global.

5. Uso da Varíola como arma biológica

Uma arma biológica consiste no uso de microorganismo ou toxinas como armas de guerra.

Existe uma preocupação crescente acerca das armas biológicas que podem ser alvo de utilização por parte dos terroristas, pois o terrorismo tem vindo a ser mais dramático e destrutivo nos anos últimos anos.

Existem algumas especulações de que existem stocks do vírus da varíola adicionais, sem que a OMS tenha conhecimento. Também foi posta a hipótese de que o vírus tenha sido recombinado com outros patogenes para a sua utilização como arma biológica, ou que graças à engenharia biotecnologia tenha sido modificado tornando-se mais letal mas a veracidade destes cenários é desconhecida .

Até recentemente, a varíola tem sido considerado um agente impróprio para o bioterrorismo, devido ao nível de imunidade elevado entre a população, à existência de vacina e o conhecimento de que a vacinação imediata em pacientes que contactaram com a doença pode rapidamente controlar possíveis surtos.

As circunstâncias mudaram.

A Varíola representa uma ameaça séria para todas as populações civis, uma vez que a sua taxa de fatalidade ronda os 30%, ou mais entre pessoas não vacinadas, e devido a ausência de terapia específica.

Apesar da doença ter sido desde sempre considerada a doença mais devastadora de todas as doenças infecciosas, o seu potencial de devastação hoje em dia é ainda maior do que anteriormente. Todas as vacinações contra a doença cessaram após a sua erradicação. Virtualmente todas as crianças e muitos adultos encontram-se agora completamente susceptíveis à doença.

6. Vídeos Recomendados


7.Referências

7.1. Livro base:

LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia: volume 3 – 2ª ed. – São Paulo:  Saraiva, 2010

7.2. Sites:

.http://www.cabuloso.com/portal/news/view/variola-sinais-sintomas-e-tratamento-da-doenca

.http://www.fiocruz.br/~ccs/arquivosite/glossario/variola.htm

.http://www.mccorreia.com/enfermidades/variola.htm

.http://www.medicina.ahistoria.com.br/variola.html

.http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/vacinas/vacina-contra-variola.php

.http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/variola/variola-3.php

Você é um curioso da biologia? pois é, aqui

– Características dos vírus

Os vírus são seres diminutos, visíveis apenas ao microscópio eletrônico, constituídos apenas por duas classes de substâncias químicas: ácido nucléico (que pode ser DNA ou RNA) e proteína. São seres acelulares (que não possuem estrutura celular) e precisam de células que os hospedem. Por isso, todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.

O vírus invade uma célula e assume o comando, fazendo com que ela trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos vírus. A infecção viral geralmente causa profundas alterações no metabolismo celular, podendo levar à morte das células afetadas. Os vírus causam doenças em plantas e animais (incluindo o homem).

Fora da célula hospedeira, os vírus não manifestam nenhuma atividade vital e se houver alguma célula compatível à sua disposição, um único vírus é capaz de originar, em cerca de 20 minutos, centenas de novos vírus.

– Conceito de espécie para  vírus

Estes vários tipos de genomas virais podem ser divididos em sete grupos principais diferentes, que obviamente vão requere estratégias de replicação diferentes. Vamos agora ver em detalhe como se organizam esses grupos de acordo com o seu genoma.

David Baltimore, que criou esta classificação, deu também o nome à designada “Classificação de Baltimore” dos genomas virais.

De forma rápida podemos dizer que os tipos de vírus são classificados pelo tipo de ácido nucléico existente no virião e na estratégia de replicação utilizada.

Os tipos são:

A – Vírus com DNA
Tipo I – dsDNA


Hospedeiros:

Animais Superiores

Herpesvírus

Poxvírus

Adenovírus

Papovavírus

Hepatite B

Poliomavírus

Plantas Superiores

Caulimovírus

Insectos

Baculavírus

Iridovírus

Polidnavírus

Algas

Phicodnavírus

Bactérias

Colifagos T e lambda

Tipo II – ssDNA

Mamíferos

Parvovírus

Circovírus

Plantas

Geminivírus

Aves

“circovirus-like”

Bacteriófagos

Inovírus

Microvírus

B – Vírus com RNA
Tipo III – dsRNA

Animais, Plantas e Insectos

Reovírus

Bacteriófagos

Cistovírus

Vertebrados e invertebrados

Birnavírus

Fungos e protozoários

Togavírus

Plantas Criptvírus Fungos

Partivírus

Tipo IV – ssRNA de cadeia (+)

Animais

Astrovírus

Picornavírus

Alifavírus

Coronavírus

Arterivírus

Sequivírus

Nodavírus

Plantas

Potivírus (grupo do vírus da batata Y)

Timovírus

Tobamovírus (grupo do VMT)

Comovírus

Tipo V – ssRNA de cadeia (-)

Rabdovírus
Ortomixovírus
Paramixovírus
Buniavírus
Filovírus

Tipo VI – ssRNA (+) “diplóide “

Retrovírus

C –
Tipo VII – dsDNA via intermediário de RNA

Hepadnovírus

– Estrutura dos vírus

Vírus tipicamente consistem de uma cápsula de proteína, uma estrutura proteinácea (o capsídeo) que armazena e protege o material genético viral. O envelope, normalmente derivado da membrana celular do hospedeiro anterior, envolve o capsídeo em alguns virus, enquanto noutros não existe, sendo o capsídeo a estrutura mais externa. Ele protege o genoma viral contido nele e também provém o mecanismo pelo qual o vírus invade seu próximo hospedeiro.

– Sobre doenças infecciosas : Agente Etiológico, Vetores, Profilaxia, Modo de transmissão, hospedeiro e diferenciar endemia, pandemia, epidemia.

Agente etiológico é o microrganismo que faz a infecção acontecer(o causador da doença), geralmente é um vírus.

Os vetores pode-se dizer que são os transportadores desses microrganismos que muita das vezes não pode chegar ao seu hospedeiro sem o auxilio de um vetor. Um exemplo de vetor é o mosquito vetor do “vírus da dengue”.

O hospedeiro é o individuo que tem suas células subordinadas pelo vírus infectante que necessita de suas estruturas para realizar pra ele as etapas necessárias para sua reprodução. Existe o hospedeiro intermediário e hospedeiro definitivo. A diferença entre ele é que no hospedeiro intermediário o vírus não o ataca por não possuir condições adequadas. Já no hospedeiro definitivo, por apresentar condições adequadas ele começa a infecção.

As doenças infecciosas são transmitidas na maior parte dos casos por picadas de insetos que apresentam o vírus dentro de si e que no ato da picada transmite esse seu hospedeiro. Mas podem também ser transmitidas pelo ar e alojar-se nas mucosas do corpo do individuo.  E uma das formas mias comuns é a transmissão por contato sexual, por exemplo a AIDS.

A profilaxia é o cuidado em sempre estar em dia com as vacinas. É o ato de prevenção contra essas doenças infecciosas.

– Bacteriófago: Ciclo lítico e lisogênico

Esse vírus (Bacteriófago T4), se reproduz em certas linhagens de bactéria Escheirchia coli. Ao entrar em contato com a bactéria, adere à parede celular por meio de certas proteínas presentes nas fibras de sua cauda. Na cauda desse vírus, estão presentes também enzimas que são capazes de digerir e perfurar a parede da célula bacteriana. O DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma celular.

Ciclo lítio e lisogênico:

Lítico – Vírus ”burrro”, em pouco tempo mata a célula hospedeira e conseqüentemente morre em pouco tempo também.

Lisogênico – fica inativo em modo de encubação durante determinados tempos que podem ser prolongados ou não antes de atingir o hospedeiro e provar os primeiros sintomas. E quando ativos misturam o seu DNA com o da célula hospedeira e multiplica o valor de ambos.

– AIDS: : transmissão, sintomas, tratamento, profilaxia.

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

– Dengue: transmissão, sintomas, tratamento, profilaxia.

O mosquito, ao picar uma pessoa doente, infecta-se com o vírus da dengue, assim permanecendo para o resto de sua vida. Quando vai alimentar-se novamente, de uma pessoa sadia, injeta juntamente com sua saliva, o vírus da doença, completando o ciclo de transmissão.

A dengue tem, como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração.

A dengue clássica apresenta-se como doença incapacitante, com início abrupto e febre alta, cefaléia intensa, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, astenia e exantema. Também podem ocorrer vômitos e petéquias ou outras formas de hemorragia. A duração da doença é de 5 a 7 dias. A recuperação é, principalmente, em adultos, acompanhada de fadiga prolongada e depressão.
A dengue hemorrágica é caracterizada por febre alta, fenômenos hemorrágicos, freqüentemente hepatomegalia e, nos casos severos, falência circulatória caracterizando a síndrome de choque da dengue. Esta forma clínica se inicia com quadro similar ao da dengue clássica, cujas manifestações se mantém durante as primeiras 48 horas de doença, podendo se estender por mais alguns dias. Após o 3º ou 4º dia da doença, há redução da febre e intensificação da dor abdominal e manifestações hemorrágicas.

Devido a inexistência de vacina e de métodos para combate aos vírus, a forma de evitarmos a proliferação da doença é combatendo o vetor, principalmente evitando locais com acúmulo de água parada, como vasos e pratos para plantas, pneus, latas, garrafas, caixas d’água destampadas, ralos, etc.

Com base nas informações obtidas em sala de aula e agora pelo blog, nós alunos do 4º módulo de eletrotécnica do IFES teremos agora uma melhor noção do que nos espera nesse novo módulo que se inicia. Iremos estudar a fundo a microbiologia que consiste em seres muito desprezíveis se comparado ao tamanho humano como exemplo temo: vírus, bactérias e fungos procurando aprender suas estruturas e perigos que podem trazer ao ser humano.
Outro assunto que também será abordado é a botânica que consiste no estudo de suas estruturas e sua forma de interação com o meio que vivemos. Tirando uma conclusão prévia, pode-se analisar que vamos começar a estudar no que dizem ser as primeiras formas de vida que existiram e com o decorrer da matéria as outras formas de vida que vão sucedendo.
Na linguagem que melhor expressamos, nós jovens, que é a coloquial, façamos a última consideração: Ae professora, essa história de blog ta muito show! Além do belo sobrenome a senhora tem também grandes idéias em minha opinião. RS
Sejamos todos bem-vindos nesse caminho novo de aprendizagem.

http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/intromicro.html
http://www.todabiologia.com/botanica/